A planta, que em 1998 começou a nacionalizar o Volvo FH, alcançou a marca de 368 mil unidades produzidas.
A fábrica de cabines da Volvo no Brasil, instalada dentro do complexo industrial da marca em Curitiba (PR), é uma das mais modernas do Grupo no mundo. A planta conta com alto grau de automação e processos de indústria 4.0, alcançando em 2023 a marca de 368 mil unidades produzidas nesses 25 anos de operação. Construída para a produção local das cabines do caminhão Volvo FH, que passou a ser produzido no Brasil em 1998, o parque industrial foi, segundo os executivos da montadora, um divisor de águas na história da Volvo na América Latina.
Com a fábrica, a marca ampliou seus negócios na região, com novos veículos e tecnologias avançadas. Cyro Martins, vice-presidente de operações industriais da Volvo na América Latina, lembra como foi esse começo: “Há 25 anos, a produção de cabines no Brasil era um sonho. Foi nosso ingresso numa nova era de caminhões, que representava uma ousada revolução tecnológica”, relembra.
De 1980, quando iniciou a produção de caminhões no país, até 1997, a Volvo terceirizava a fabricação das cabines dos veículos das linhas N e NL. A construção da nova unidade de produção fez parte de uma expansão industrial robusta que demandou, naquele período, cerca de US$ 400 milhões em investimentos, o maior volume de recursos aplicados pela Volvo desde sua fundação no Brasil.
A ampliação do parque de fábrica provocou uma mudança significativa nos negócios e na arquitetura industrial da marca. Foi a partir desse momento que a operação brasileira começou a ter a capacidade de produzir um dos mais avançados e tecnológicos caminhões do mundo, disponível nem exigentes mercados mundiais, com um grau de tecnologia embarcada pouco vista no país.
Incubadora de ideias
Atualmente com 515 funcionários ligados diretamente à sua operação, a unidade sempre foi bastante robotizada. Por isso, a fábrica de cabines é uma grande incubadora de ideias, com a introdução de conceitos de uso de realidade virtual e aumentada, big data, internet das coisas, robôs autônomos e diversas outras iniciativas que compõem o que é chamado de indústria 4.0. Cyro Martins destaca que ainda hoje é a unidade mais automatizada do complexo da Volvo em Curitiba. Ao todo, são 85 robôs e diversos outros dispositivos que funcionam de forma autônoma, para mais segurança, qualidade e conforto ergonômico para os funcionários.
A unidade é responsável tanto pela solda como pela pintura das cabines. Também faz a pintura de elementos plásticos, culminando em soluções que são aproveitadas também por outras fábricas da Volvo no mundo. É o caso, por exemplo, do processo do painel frontal dos novos caminhões Volvo Euro 6, que têm partes plásticas e metálicas pintadas em igual tonalidade.
Além da produção diária para atender as demandas dos caminhões zero km, a fábrica também opera no atendimento de peças de pós-venda, desde a produção do conjunto completo de uma cabine de reposição até componentes específicos. Na fábrica, as linhas atendem a produção de caminhões FH, FM, FMX, VM e VMX, com inúmeras variações. Ainda é possível a entrega de cabines com até 100 cores diferentes, entre tonalidades sólidas e metálicas.
Porém, apesar de toda essa variabilidade, em 2022, ano em que a unidade bateu seu recorde histórico com a produção de mais de 32 mil unidades, 70% das cabines foram entregues na cor branca, e não por uma questão da marca. Segundo Cyro, a cor ainda é uma preferência notável do mercado transportador, o maior responsável pela compra de caminhões 0km no Brasil.
Sustentabilidade e inclusão
Sempre buscando a inovação, a fábrica de cabines tem dedicado especial atenção também aos projetos voltados à sustentabilidade: “Todos os dias nos perguntamos como tornar o futuro mais seguro, mais sustentável e mais humano, premissas de nosso compromisso com um futuro mais Volvo. Assim, os fluxos são constantemente avaliados, para que possamos ter processos ambientalmente mais adequados, mais ágeis e produtivos”, destaca Carlos Lima, gerente de produção de cabines.
Ele destaca que também há na equipe um interesse muito forte em fortalecer a diversidade: "Em nosso time há, por exemplo, PCDs (pessoas com deficiência), que têm responsabilidades e metas ajustadas às suas capacidades e estão totalmente integrados ao processo de produção. Ao incorporar tecnologias cada vez mais avançadas, também valorizamos as pessoas e as contribuições que cada um pode dar ao processo e nos surpreendemos positivamente com tudo isso. Esperamos assim continuar evoluindo pelos próximos 25 anos e ir além”, finaliza.
A fábrica da Volvo em Curitiba é uma das mais tecnológicas do segmento no Brasil. Em 2022 estivemos lá para conhecer a linha de produção e acompanhar a montagem e fabricação das cabines e caminhões. Clique aqui para conferir essa visita. O que você acha das cabines e caminhões da Volvo? É o seu sonho de consumo? Participe com a gente e compartihe com seus amigos.
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