Levantamento aponta que maioria dos contratos, 408,53 mil, buscam adquirir um ou mais caminhões
Vai investir em um novo caminhão ou implemento rodoviário, e está em dúvida se deve ou não optar por um consórcio? Pois saiba que essa opção tem sido muito requisitada por quem deseja adquirir um ou mais caminhões. Investir na renovação de frota ou na troca de veículo é muito importante para garantir a produtividade e lucratividade de um negócio em transportes. E uma modalidade de compra que, além de facilitar esses processos, auxilia no planejamento financeiro da empresa, é o consórcio.
A assessoria econômica da ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios) realizou um levantamento a partir de dados fornecidos pelas empresas associadas que atuam no setor de veículos pesados e nos transportes rodoviários de cargas. O estudo revelou que, de março de 2021 a outubro de 2022, a venda de veículos comerciais e implementos rodoviários cresceu 216,5%, com 25,07 mil novas cotas comercializadas, contra 7,92 mil no referido mês do ano passado. O total de participantes cresceu 55,1% e atingiu 612,80 mil consorciados, contra 276,24 mil.
Para avaliar o desempenho do mecanismo nesse segmento, o levantamento teve como foco principal o segmento de caminhões, considerando principalmente a intermodalidade e a integração das suas diversas categorias: dos leves, que têm acesso às áreas urbanas, aos extrapesados, que cumprem longos percursos e rodam pelas estradas. Do total de participantes ativos – 612,80 mil -, 408,53 mil têm interesse na aquisição de caminhões e 204,27 mil tiveram por objetivo a aquisição de máquinas e implementos agrícolas.
O crescimento da aquisição de caminhões cresceu, de março de 2021 a outubro de 2022, 55,1%, com 408,53 mil cotas ativas contra 263,41 mil. Segundo a pesquisa, considerando apenas os participantes dos consórcios de caminhões na região Sudeste , são 48,9%; no Sul são 20,3%. 13,7% no Centro-Oeste; 13,3% no Nordeste; e 3,8% no Norte.
Autônomos são maioria no consórcio
Em outubro, as pessoas físicas ou autônomos representavam 64,3% dos consorciados ativos, enquanto as jurídicas chegaram a 35,3%. Houve ainda 0,4% relativo a outros, incluindo cooperativas e entidades setoriais. Nos três, a opção pela modalidade está calcada no planejamento para troca e renovação de veículos ou ampliação de frotas.
O levantamento apontou ainda que, dos consorciados contemplados, 56,6% tiveram por objetivo a ampliação de suas frotas, no caso das transportadoras, ou a aquisição de mais veículos no caso dos autônomos, enquanto 43,4% optaram pela renovação dos veículos.
Entre as categorias com maior utilização do crédito por ocasião da contemplação, estiveram os caminhões leves, com 28,3%; os médios, com 36,8%; os pesados, com 15,3%; e os extrapesados, com 19,6%.
Ainda sobre as contemplações, a maioria, 46,0%, decidiu pela aquisição do caminhão novo, e 19,9% pelo seminovo. Os demais, 34,1%, resolveram comprar outros tipos de veículos como implementos, caminhonetes, ônibus, tratores, automóveis, barcos, aviões e máquinas.
Com sua característica de flexibilidade na utilização do crédito, dentro de cada segmento, o Sistema de Consórcios mais uma vez mostra-se ideal ao se ajustar ao momento e à situação de cada consorciado. Para Rossi, presidente executivo da ABAC, “as perspectivas para o consórcio no mercado de caminhões são excelentes, visto que, de acordo com recente relatório macroeconômico e setorial da Quorum Brasil, o setor de transporte terrestre cresceu 14,7% em 2021 e 19,2% em nove meses de 2022”.
O presidente executivo garante que o mecanismo mostra cada vez mais que é uma alternativa inteligente e econômica para aquisição de veículos de carga no mercado interno:“Apesar das turbulências enfrentadas, acreditamos que parcela expressiva do crescimento do transporte rodoviário de cargas para renovação dos veículos e para ampliação de frotas, o consórcio é uma excelente opção dentre as formas de aquisição disponíveis no mercado, em razão de planejamento e custos mais baixos”, diz .
Consórcio de semirreboques
Acompanhando o crescimento dos consórcios de veículos pesados, a venda de implementos rodoviários também cresceu e tem perspectivas positivas para este ano. Segundo a ANFIR – Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, o crescimento deverá ser de 12%, ou seja, dois pontos percentuais acima dos 10% projetados no início de 2022.
A elevação das vendas no setor de veículos pesados, formado principalmente por caminhões ou cavalos mecânicos e semirreboques específicos, é acompanhada pela maior aquisição de implementos rodoviários para vários tipos de cargas. O principal semirreboque, apontado pelo levantamento da ABC, foi o bitrem, seguido pelos de carga seca, baús, carga viva, graneleiros, tanques, basculantes, frigoríficos, pranchas, rodotrens, canavieiros, entre outros. Com sua característica de flexibilidade na utilização do crédito, dentro de cada segmento, o Sistema de Consórcios mais uma vez mostra-se ideal ao se ajustar ao momento e à situação de cada consorciado.
A exemplo dos cálculos mensais, foi possível comprovar que as potenciais participações das contemplações no mercado consumidor de caminhões atingiram 34,3% no período de janeiro a outubro deste ano, enquanto no mesmo do período de 2021 eram 26,3%. Portanto, ao registrar um crescimento de oito pontos percentuais, o mecanismo mostra cada vez mais que é uma alternativa inteligente e econômica para aquisição de veículos de carga no mercado interno.
Com o cenário econômico brasileiro apresentando gradativa recuperação, depois de ter enfrentado a pandemia e ter vivenciado turbulências provocadas por influências internas, como custo dos combustíveis, e por internacionais, como as consequências da guerra no leste europeu, o consórcio no transporte rodoviário de cargas pode ser referenciado como um termômetro da economia, visto que 65% de tudo que é transportado no país se dá pela via rodoviária.
A análise revelou ainda que, naqueles meses, as adesões aos consórcios demonstraram oscilações, porém com avanços constantes. Quando comparamos os números de março de 2021, com 7,92 mil novas cotas comercializadas, com os de outubro de 2022, quando foram vendidas 25,07 mil, temos um aumento de 216,5%. Para um total de 276,24 mil adesões no período analisado, a média geral ficou em 13,81 mil vendas de novas cotas.Os picos de vendas ocorreram em setembro e outubro deste ano, quando atingiram 26,88 mil e 25,07 mil cotas, respectivamente.
Um retrato que explica o comportamento deste setor está no balanço dos consórcios de veículos pesados de outubro último, onde o total de participantes ativos chegou a 612,80 mil, dos quais dois terços, 408,53 mil, objetivavam basicamente a aquisição de caminhões. O outro terço de consorciados, 204,27 mil, teve por objetivo a aquisição de máquinas e implementos agrícolas.
Comparando a quantidade de 408,53 mil cotas ativas em outubro deste ano com as 263,41 mil cotas ativas em março de 2021 verificamos um avanço de 55,1% ao longo dos vinte meses. Paralelamente, a Anfavea Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, ao projetar a comercialização de 178 mil unidades até dezembro, justifica que, por falta de chips e dificuldades logísticas, caminhões e ônibus deverão apenas repetir os números de 2021.
As expectativas para o fechamento de 2022 seguem apoiadas especialmente no agronegócio, onde as safras continuam em alta, apesar dos problemas enfrentados com secas e chuvas desproporcionais nas diversas regiões do país; e com as oscilações do dólar, quando da aquisição de insumos; e com as exportações, em razão dos efeitos da guerra no mercado global.
Na visão dos consórcios, por estar inserido no setor de veículos pesados, formado principalmente por caminhões ou cavalos mecânicos e semirreboques específicos, diversos consorciados têm por objetivo a aquisição somente de implementos rodoviários para vários tipos de cargas.
Fonte: https://www.ontruck.com.br/noticia/11580/pesquisa-revela-que-consorcio-de-caminhoes-cresce-mais-de-15-em-vinte-meses
Fonte: https://www.truckandbusbuilder.com.br/consorcio-de-veiculos-comerciais-e-implementos-rodoviarios-cresce-2165/
Comentarios