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Haja betoneira! Mais de mil viagens foram feitas para concretar cratera na Marginal Tietê

Haja betoneira! Mais de mil viagens foram feitas para concretar cratera na Marginal Tietê

Caminhões carregaram argamassa e concreto para cobrir o buraco. Pista central pode ser liberada hoje

Foram 120 caminhões betoneiras trabalhando intensamente para despejar argamassa na cratera formada na pista local da Marginal Tietê. Foram utilizadas mais de 20 mil toneladas de argamassa para tampar toda a extensão da erosão causada pelo desabamento da obra do Metrô e dar sustentação às faixas da Marginal, que poderá ter a pista liberada no final da tarde de hoje

Segundo informações de Fábio Novaes, presidente da Concreserv, empresa que participa do reparo da obra, a concretagem do buraco começou já na madrugada de quarta-feira e cerca de 120 caminhões da empresa se revezaram para transportar mais de 20 mil toneladas de concreto de sete usinas da Concreserv até o local do acidente.


Caminhão-betoneira utilizado no acidente com a pista na Marginal Tietê

Aproximadamente, 100 pessoas revezaram durante 24 horas, num trabalho de emergência, para conseguir liberar o quanto antes mais faixas de trânsito na Marginal Tietê. Além da argamassa, caminhões trabalharam levando pedras e concreto para encher o buraco: “Vai dar entre oito e dez mil metros de concreto, que corresponde a mais ou menos 1.000 a 1.200 viagens de caminhões para poder conter o desmoronamento”, afirma Novaes.

O acidente compromete muito o trânsito na cidade, pois interfere em uma passagem vital da principal via da maior cidade do país. A Marginal Tietê tem um papel estruturante no trânsito da cidade de São Paulo, ou seja, grande parte da malha rodoviária da cidade está conectada com ela. Isso gera prejuízos enormes a muitos setores econômicos do país e até mesmo por isso que há uma certa urgência na resolução deste problema ou, ao menos, soluções que consigam diminuir os impactos dos altos congestionamentos.

A Concessionária Acciona, após preencher toda a cratera com material rochoso e argamassa, teve o trabalho avaliado por técnicos da Sabesp e da Secretaria de Transportes e foi descartada a necessidade de colocar estacas para deter a erosão do solo. Com isso, a previsão de liberação da pista central da Marginal é hoje, às 17h.

Caminhões-Betoneiras

Falando em Betoneiras, nunca é demais reforçar a importância desse equipamento para a construção civil. Ela é usada para misturar diversos materiais, como pedra, areia e cimento na proporção e textura corretas, de acordo com o tipo e tamanho da obra. A combinação ideal entre caminhão potente e betoneira moderna e eficiente, costuma colaborar muito para a produtividade.

Quando foi inventada, não era acoplada ao caminhão. A primeira betoneira motorizada foi criada em 1916, por um engenheiro americano, mas foi somente na década de 40, depois da Segunda Guerra Mundial, que o primeiro caminhão betoneira, como hoje é caracterizado o equipamento, foi criado. E não é que a dupla dinâmica revolucionou a história da construção civil?

A betoneira se firmou de vez acoplada ao caminhão e, desde então, a indústria segue se esforçando para aperfeiçoar ainda mais o equipamento, buscando melhores formas de uniformizar o concreto, feito por meio da mistura de cimento com pedras, areia e água e mais velocidade a este processo. Além disso, devido à alta demanda, montadoras e empresas de implementos se unem para lançar produtos cada vez mais inovadores.

A estrutura do caminhão-betoneira é o que o diferencia das demais ferramentas projetadas para preparar concreto. Sua velocidade de mistura é de 12 a 14 rotações por minuto, a cada 5 minutos. Após a mistura do concreto, a velocidade de agito fica entre 2 a 3 rpm. O caminhão pode funcionar tanto com o motor ligado, quanto com o motor desligado.

Ele possui um balão acoplado que tem um tipo de pá (chapas helicoidais), onde acontece a mistura e despejo do concreto nas superfícies. Todos os componentes da mistura são levados até o fundo do balão e começam a girar, para misturar corretamente. Quando o caminhão betoneira chega ao canteiro de obras, o giro do balão é invertido e acontece o despejo de concreto no ambiente. A quantidade máxima de concreto transportada depende da capacidade do balão, da estrutura e do número de eixos do caminhão betoneira.

No Brasil, a maioria das betoneiras transportam até 8 m³ de concreto. Outras chegam a 10 m³. Um detalhe importante é que o caminhão-betoneira convencional deve ser carregado com, no mínimo, 3 m³ de concreto, considerado o volume necessário para uma boa homogeneização e mistura adequada do concreto. Após quase 100 anos de história, a betoneira está na lista das invenções essenciais para o desenvolvimento e da qualidade de vida no mundo como o conhecemos hoje em dia.

E aí chefia, você já conhecia a história da betoneira? Se impressionou com a quantidade de concreto que foi preciso para tambar o buraco da pista da Marginal? Participe com a gente e não deixe de compartilhar com seus amigos.

Direto da Redação Planeta Caminhão

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