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Maior salário da história: empresas dos EUA pagam alto para caminhoneiros

Maior salário da história: empresas dos EUA pagam alto para caminhoneiros

A crise de falta de caminhoneiros nos Estados Unidos tem sido o principal motivo para as empresas oferecerem vagas de emprego com salários nunca antes vistos no mercado. A escassez de profissionais tem sido apontada por especialistas da categoria como a maior de todos os tempos e preocupa a economia, com filas de navios em portos devido à falta de caminhões para descarregar, afetando os mercados de transportes, logísticas e automotivos do país.

O problema não é novo, mas se agravou com a pandemia, quando ocorreu o fechamento de escolas profissionalizantes e de treinamentos, desistências e muitas aposentadorias de motoristas dessa profissão e a aplicação de um sistema mais rigoroso de testes contra o álcool e as drogas. Isso tudo resultou na demissão de aproximadamente 60 mil motoristas profissionais, conforme divulgado pela International Road Transport Union (IRU) - Associação Americana de Transporte Rodoviário.

O salário - muitas vezes considerado baixo, levando em consideração a jornada desgastante, a falta de infraestrutura, os riscos à vida e a saúde, é um motivo pelo qual segue diminuindo a procura de profissionais pelas vagas. Mas a principal é a legislação, considerada excessiva pelos caminhoneiros, devido ao alto número de exigências, certificados de cursos, e renovação constante de documento para poderem trabalhar, além de regras específicas sobre a jornada de trabalho.

Por isso, algumas empresas americanas, de pequeno e médio porte, estão discutindo formas de contratação que sejam mais atrativas a esses profissionais, que assim como no Brasil, atuam em uma profissão bastante desgastante e que o expõe a situações de mais perigo, estresse, etc. Além do aumento salarial no setor, essas empresas também estão solicitando que seja autorizada a entrada de mais caminhoneiros estrangeiros no país e que o governo acelere a aprovação de vistos, afrouxando as regras.

Empresa de transportes anuncia salário de US$ 150 mil

Um exemplo de como o mercado está oferecendo altos salários para atrair caminhoneiros é a empresa A KLLM Transport Services, uma das maiores empresas de transporte refrigerado dos Estados Unidos. Devido à escassez de mão de obra e alta rotatividade de motoristas, a empresa anunciou um dos maiores aumentos salariais dos Estados Unidos.

De acordo com a transportadora, os motoristas terão aumentos salariais de 10% a 33%, que podem chegar ao valor de US$ 150 mil por ano, o que, convertendo em reais é algo em torno de R$ 830 mil. Segundo divulgado por Jim Richards, presidente e CEO, a partir de fevereiro, a transportadora vai oferecer o maior aumento salarial de sua história. A ação não vai apenas aumentar os salários dos motoristas, mas também, vai mudar a forma de pagamento, com folga remunerada e opções de pagamento semanal garantido mais alto.

Buscando atrair novos profissionais - de dentro ou fora do setor de transportes - os alunos recém-formados da KLLM Driving Academy, uma instituição de treinamento que a empresa mantém para qualificar sua mão de obra, também terão um salário com percentual de até 33% repassado. Todos os que concluírem os cursos oferecidos e trabalharem para a empresa, poderão crescer profissionalmente e alcançar aumentos salariais.

Outro exemplo é da CR England, transportadora americana que também colocou em prática um reajuste médio de 15,5% no salário base pago aos motoristas. Com as bonificações, o reajuste chega a 25%, o maior já promovido na história da empresa. A mesma iniciativa foi pensada pela Frozen Food Express (FFE), transportadora de serviços congelados e refrigerados dos Estados Unidos, que colocou em prática reajustes salariais para motoristas que variam entre 20 a 25%, conforme o tipo de operação.

Mesmo com o alto investimento das empresas no salário dos caminhoneiros, por enquanto, o futuro desse mercado continua trilhando terreno instável. Nos próximos meses será possível avaliar se essas iniciativas vão trazer novos motoristas e movimentar o mercado de transportes.

E aí chefia, você aceitaria um emprego em uma dessas transportadoras? Você acredita que isso resolveria o problema da escassez de motoristas nos EUA? Compartilhe essa informação com seus amigos de trecho. Fique ligado também em nossas redes sociais.

Direto da Redação Planeta Caminhão

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