
A profissão de caminhoneiro é fundamental para a economia do país. São eles que transportam praticamente tudo que usamos nesse momento, sejam roupas, celulares, comida, móveis e etc. Atualmente, existem mais de 2 milhões de caminhoneiros atuando por esse brasilzão a fora, transportando cerca de 200 milhões de toneladas por ano. Muita coisa, né?
Contudo, mesmo com todas dificuldades do dia a dia, o profissional da estrada é conhecido pela paixão à profissão, devido sua liberdade, oportunidade de conhecer novos lugares e conversar com pessoas diferentes.
Por outro lado, o Brasil é um país ainda considerado subdesenvolvido, apesar de sua grande economia. Sua infraestrutura é má distribuída em seu território, resultando em desigualdade de oportunidades e condições adequadas para exercício da profissão. Dentre os problemas estão: estradas esburacadas e sem sinalização adequada, poucos pontos de parada (e os poucos que existem, muitas vezes em más condições) e etc.
Mas como tudo na vida, há o lado bom. As oportunidades existem, e o mercado está ficando cada vez mais escasso de bons profissionais. Sendo assim, para você que pensa em se tornar um “viajante do asfalto”, vamos dar algumas dicas de onde começar:
Opções na profissão
Tudo tem um início
Os primeiros passos para ingressar na carreira de caminhoneiro é a habilitação. Mas não é qualquer habilitação, mas sim, as categorias C (no mínimo) e E. Sendo a C para veículos pesados e transporte de cargas e a E para o trabalho com veículos com mais de uma unidade tracionada. Além disso, o profissional deve cadastrar o caminhão na ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres- para poder circular nas rodovias.
Tipo de cargas
Alguns tipos de carga, por lei, exigirão do profissional certificações em cursos especiais. Para transporte de cargas classificadas como “Produtos Perigosos”, o que inclui combustíveis, líquidos inflamáveis, produtos químicos, entre outros, é necessário o certificado MOPP ou Movimentação Operacional de Produtos Perigosos.
Para conseguir esse e outros certificados, o condutor pode procurar alguma instituição especializada. Estar devidamente regulamentado e contar com equipamentos adequados para cada trabalho é um passo fundamental para ingressar na área
Assim, para ganhar bem sendo caminhoneiro, o profissional precisa decidir sobre o modo de trabalho que melhor se encaixe às suas necessidades. Tudo dependerá dos valores das cargas transportadas, se o trabalho é feito com veículo próprio ou de alguma empresa. Enfim, existem “N” situações.
Atuando como autônomo
Para atuar por conta próprio é preciso ter ganhos que paguem as despesas do veículo e que possibilitem prover boa qualidade de vida para o profissional e sua família. Somente dessa forma é possível se manter na profissão. O caminhoneiro autônomo é responsável pelo gerenciamento de um negócio: é ele que precisa conseguir trabalho, executá-lo, e administrar as finanças, despesas e faturamentos. Ou seja, faz praticamente tudo, em outras palavras, seus ganhos dependerão de seu desempenho.

A primeira coisa nesse caso seria explorar ao máximo as possibilidades do próprio caminhão, usando os recursos disponíveis para pegar todos os tipos de cargas que o equipamento permite.
Por isso, diversificar os serviços pode ser uma boa estratégia para ampliar os ganhos. Caminhões baú são exemplos disso, eles podem ser usados tanto para transporte de cargas quanto para mudanças. Graneleiros também podem fazer o transporte de produtos, como materiais de construção e peças de maquinário, por exemplo.
Contratado por uma empresa
É possível também agregar o caminhão a uma transportadora. Dessa forma, pode-se ter maior estabilidade e, em alguns casos, pode ser um formato bem vantajoso para o caminhoneiro autônomo.
Ter garantia de ofertas de serviços é uma dessas vantagens. A transportadora, como qualquer outro negócio, tem o objetivo de cortar custos, por isso agrega somente a quantidade necessária de caminhões para dar conta de sua demanda. Dessa forma, ela garante a regularidade da oferta de trabalho para o caminhoneiro.
Essa é uma boa pedida para quem deseja ficar de fora da disputa por ofertas com outros profissionais. Tornando-se um agregado, é possível passar imune às oscilações do mercado. Dessa maneira, o motorista passa a ter carga horária e rendimentos fixos, o que para alguns é vantajoso e para outros pode não ser. A despeito disso, muitos caminhoneiros agregados pegam trabalhos extras como autônomos para complementar a renda.
Cargas perigosas necessitam de mão de obra qualificada
Outra forma de ganhar bem como caminhoneiro é transportar cargas perigosas. Esses trabalhos têm maior valor agregado e, por isso, possibilitam margens de lucro maiores. Isso por se tratar de um serviço de complexidade e que oferece riscos à saúde e ao meio ambiente, demandando, assim, maior responsabilidade do profissional.

Tendo em vista os riscos mencionados nesse tipo de trabalho, para prestá-lo é preciso cumprir às exigências da ANTT em relação ao curso exigido, às especificações e cuidados especiais com veículo. É preciso realizar periodicamente a descontaminação do caminhão e a limpeza, além de carregar avisos e itens de sinalização. Ter os devidos equipamentos de emergência, de acordo com os riscos de cada carga, é pré-requisito.
Como se vê, apesar das dificuldades e da pouca valorização desse profissional de fundamental importância, existem muitos atrativos na profissão de caminhoneiro. Não tenha dúvidas de que esse é um campo que oferece possibilidade de bons lucros, além de uma boa oferta de trabalho, seja como contratado ou como autônomo.
Tendo os devidos cuidados com a saúde, não aceitando jornadas de trabalho além do bom senso e sabendo gerenciar o próprio negócio, é possível fazer a paixão por caminhões se tornar um meio de vida que proporcione boas perspectivas profissionais para o trabalhador e sua família.
REDAÇÃO PLANETA CAMINHÃO.
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