
Apesar dos grandes impactos negativos da Covid-19 para a produção de veículos, o segmento dos caminhões segue acima do esperado, segundo a Associação Nacional dos fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA). Contudo, a indústria pode ser afetada pela falta de semicondutores, comprometendo a estabilidade dos números.
Comparando maio de 2021 com o ano passado, foram fabricadas 4,1 mil unidades, o que representa um crescimento de 243,1%. Já na exportação, o número foi cerca de 600 unidades, 182% maior em relação a 2020. E por fim, 4,8 mil caminhões foram licenciados, o que representa um aumento de 138,6%.
O Presidente da ANFAVEA, Luiz Carlos Moraes, faz um alerta sobre a falta de semicondutores, “Esse problema, que deve se alongar até os primeiros meses de 2022, é o responsável pelas paralisações temporárias de parte de nossas fábricas, algumas por períodos curtos, outras mais longos”, explica.
Política industrial e visão de futuro da nação
Na opinião de Luiz Carlos Moraes, a crise dos semicondutores, com produção quase toda concentrada na Ásia, é reveladora de um desafio que precisa ser enfrentado pelo Brasil como uma nação com visão de futuro. “Estados Unidos e países da Europa captaram o sinal de alerta e já estão desenvolvendo políticas industriais no sentido de produzir localmente esses componentes eletrônicos, que são a base de toda a revolução tecnológica do 5G, internet das coisas, automação e outras já em curso”, afirma o Presidente da ANFAVEA. “O setor automotivo e outras indústrias dependem cada vez mais desses insumos para dar um passo além em termos tecnológicos, atraindo para o país investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento, e na esteira disso gerando conhecimento técnico, acadêmico e empregos de altíssima qualidade. Já estamos atrasados, o que exige urgência e grande visão de futuro por parte dos nossos dirigentes”, conclui Moraes.
REDAÇÃO PLANETA CAMINHÃO.
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