Em 1964 nascia a lendária gama AGL, caminhão protagonista na história do desenvolvimento do transporte Brasileiro. Os famosos 1113, 1313, 1513 e tantos outros fizeram sua longa caminhada, muitos dos quais trabalham ativamente até hoje nas ruas e estradas Brasileiras.

No final dos anos 80, esse era o desafio gigantesco para a engenharia da Mercedes-Benz do Brasil. A substituição da linha AGL, caminhões que moviam, além de uma enorme paixão pelos chamados "Mercedinhos", um enorme respeito e admiração por pelos caminhões que ostentavam em sua grade, a marca da estrela.

Nascia então, a série HPN, que modernizava toda a gama de caminhões da marca. E, ao longo de sua vida, trouxe muitas inovações tecnológicas.

Você, que assim como nós, tem diesel nas veias, vai se lembrar com muito carinho de alguns dos principais modelos os quais listamos abaixo, que habitam as ruas, estradas e o imaginário dos apaixonados por caminhão.

L1618: Nasceu na primeira geração da linha HPN, em 1989. Com uma cabine muito superior ao seu antecessor AGL, rapidamente tornou-se o caminhão mais usado para a distribuição de mercadorias, grandes atacadistas e lojas de varejo. Um sucesso de vendas, com muitos caminhões na ativa até hoje.

LS1941: O caminhão premium na linha HPN, foi o top da marca da estrela com 410 cavalos. Um caminhão robusto o qual foi posto a prova nos mais variados nichos do mercado. Assim como seu irmão 1935 é chamado de “35”, o 1941 é chamado até os dias atuais de “41”. Em 1990, a Transportadora Rodoviário Michelon, utilizando um LS1941 com semirreboque câmara fria, realizou um projeto junto com a fábrica para montar o primeiro conjunto nacional equipado com rodas de alumínio em todas as posições do conjunto.

LS1935: Aclamado por muitos, como um dos melhores cavalos mecânicos já produzidos pela Mercedes Benz do Brasil, trazia seu inconfundível ronco com seu propulsor OM447LA, e a introdução do freio TOP BRAKE, sistema que até hoje equipa os caminhões da marca. A partir de 1992, ele recebeu um apelido que perdura até hoje: 35 - originado na serra gaúcha, por conta da Revolução Farroupilha. Foi o caminhão que criou o termo “teto alto”, aumentando a altura interna da cabine. Em sua vida, teve duas séries especiais, a NTC STAR em 1994, em comemoração aos 30 anos na NTC, e a série 800.000, quando a marca atingiu o patamar de 800 mil caminhões produzidos.

L1620: Herdou toda a admiração e carinho de seu antecessor, o lendário AGL L-1113. Desde o seu lançamento, em 1996, mostrou-se um campeão de vendas e também de títulos. Foi o semipesado mais vendido do país durante 8 anos, conquistou o Prêmio Lótus de melhor caminhão médio nos anos de 1997, 2003, 2004 e 2007. E foi tetracampeão como o melhor caminhão do ano, pelo Prêmio Lotus, em 1997, 1998, 1999 e 2000. Em 2001, ele passou a sair de fábrica na configuração 6X2, recebendo a designação L1620 Truck. Em 2005, recebeu a motorização eletrônica, chamando-se 1620 eTruck, sendo comercializado nas versões Classic e Eletronic. Um caminhão versátil e querido, utilizado desde abastecimentos de Ceasas até a distribuição de grandes atacadistas. Viveu até 2011, quando foi atualizado e recebeu o nome de ATRON.

LS1938: Foi o primeiro caminhão Mercedes Benz com gerenciamento eletrônico no país, em 1998. Caminhão muito procurado até os dias atuais, por sua robustez e resistência e, assim como os cavalos anteriores, também é conhecido pelos últimos dígitos, o famoso "38". Em 2000, recebeu o prêmio Lótus de Caminhão do ano e o prêmio referência do transporte, como caminhão pesado do ano. Também nesse ano teve sua série especial BRASIL 500.

L1418A: Não foi um caminhão criado para comercialização junto aos civis. Nasceu principalmente para atender as forças armadas. Um caminhão com tração 4x4 o qual teve sucesso na incorporação em diversas unidades militares no Brasil e exterior. Hoje são muito concorridos em leilões do exército, por se tratar de caminhões com baixa km. Colecionadores e entusiastas são seu público atual.

LS2635: Concebido com a finalidade de ser um caminhão para exportação, foi submetido a testes em uma operação canavieira Brasileira. Com os resultados alcançados, o 6x4 mostrou-se um monstro no trabalho. Em 1993, foi lançado no mercado nacional, conquistando também clientes do setor florestal, onde reinou absoluto.

LS1632: O LS1632, fabricado a partir de 2006, ficou marcado como o caminhão de transporte de materiais de construção, pedra e areia. Pedreiras, Areieiras, Carvoarias e, principalmente, e na mineração, sobretudo carvoeira. Já nesta época, ele tornara-se o único representante de cavalos-mecânicos com cabine semi-avançada de todo o mercado Brasileiro.

L1635 ATRON: Para receber o Bluetech 5 / Proncove 7, a Mercedes-Benz lançou na Fenatran de 2011 o LS1635 ATRON. Último descendente dos cavalos mecânicos da série HPN. Foi o único veículo bicudo dessa categoria no País, desde 2006. Carregou com si muitos fãs da marca, uma verdadeira legião de apaixonados por uma história de mais de 60 anos dos caminhões "bicudos" da marca da estrela no Brasil. Com sua descontinuação esse ano, fechou um legado sem igual.

L2324 ATRON: Lançado em 2011, carregou em seu DNA toda a saga dos grandes sucessos da marca no Brasil. Teve uma serie especial comemorativa dos 60 anos da marca no Brasil, em 2016,  com 60 unidades. Destas, 59 foram vendidas e uma - a última de um caminhão Atron rígido fabricado pela marca e também último representante nesta configuração da indústria Brasileira, leiloado!

Por questões de legislação, o caminhão de cabine semi-avançada foi perdendo espaço no mercado Brasileiro, mas sempre com fãs e admiradores fiéis e, depois de 30 anos, em 2020, a Mercedes Benz produziu o último ATRON, que utilizava cabine avançada HPN, deixando assim, de produzir os famosos bicudos em nosso País.

Confira mais detalhes no site que a Mercedes-Benz Caminhões preparou para a despedida deste grande guerreiro:

Acesse: https://bit.ly/36lUJvZ

REDAÇÃO PLANETA CAMINHÃO