O programa do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) de crédito para caminhoneiros ainda não funciona normalmente, de acordo com a instituição.
O programa, lançado em 16 de abril e com orçamento de R$ 500 milhões, tinha como objetivo conceder empréstimos de até R$ 30 mil para a conservação e manutenção de caminhões utilizados para frete.

A circular do banco, anunciando a criação do programa para as instituições financeiras credenciadas, foi publicada mais de um mês depois, entrando em vigor apenas em 27 de maio. De acordo com o BNDES, a linha de crédito entrou em operação nessa data e tem duração até 26 de maio de 2020.
“O banco tem recebido informações dos clientes sobre a dificuldade de acesso à linha e, por essa razão, está em contato com os agentes financeiros para entender dificuldades e o que pode ser feito para atender melhor ao público final”, afirmou o BNDES em comunicado.
Por hora, apenas uma operação, de R$ 20 mil, foi realizada no Paraná, de acordo com informações da Agência Reuters.
O BNDES informou que os primeiros empréstimos de um novo programa costumam ocorrer de três a quatro meses após a divulgação de informações aos agentes financeiros, que atuam como intermediários. No total, 46 instituições financeiras estão participando do programa em parceria com o banco.
Reclamações
O valor limite de crédito, de R$ 30 mil, tem sido motivo de reclamação por parte dos motoristas.
“A economia está parada, e só agora a safra de grãos começou a circular. Os caminhoneiros também estão muito endividados e têm que resolver isso. O programa do BNDES também é caro, e os caminhoneiros que foram nos bancos ouviram que é mais barato contratar um crédito direto e particular. O limite de R$ 30 mil por operação também é baixo porque só um pneu de um caminhão custa R$ 2.000, e tem caminhão rodando com vários eixos”, afirmou José Roberto Stringasci, diretor da Associação Nacional de Transporte no Brasil (ANTB).
Super Motoristas
Comentarios