Após sofrer grande pressão por parte dos caminhoneiros o governo federal decidiu suspender a nova tabela de frete anunciada na última semana.

A informação foi confirmada pelo Ministério da Infraestrutura nesta segunda-feira (22), após ameaça de greve pelos caminhoneiros, que ficaram insatisfeitos com os novos valores publicados na resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Um dos principais motivos para a insatisção gerenalizada dos caminhoneiros foi o fato de que, com as novas regras, o cálculo deixava a maior parte dos valores mais baixa do que na versão anterior.
Durante todo o fim de semana grupos de caminhoneiros circularam informações de que o governo pretendia cancelar a nova tabela e a informação se confirmou nesta segunda.
Na próxima quarta-feira (24), o ministro Tarcísio Gomes de Freitas deve se reunir novamente com lideranças de grupos de caminhoneiros para negociar uma nova tabela de frete.
Com a suspensão, volta a vigorar a tabela que estava em uso, até que uma nova seja apresentada.
Histórico
A fixação do frete mínimo foi reivindicada durante a greve dos caminhoneiros do ano passado e teve sua primeira versão aprovada ainda no governo do ex-presidente Michel Temer.
Até este sábado, quando a resolução da ANTT entrou em vigor, o método utilizado levava em conta apenas a quilometragem percorrida. Agora, fatores como o tempo de carga e descarga, custo com depreciação do caminhão, entre outros, também entrarão no cálculo.
A nova tabela foi criada em conjunto com o Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial, ligado à Universidade de São Paulo (USP).
O objetivo foi adequar os preços aos diferentes tipos de carga, rotas e veículos. A nova resolução prevê que 11 categorias de cargas serão usadas no cálculo do frete mínimo e amplia os itens considerados no cálculo.
Em nota, a ANTT disse que fará uma reunião às 18h desta segunda-feira para deliberar sobre a suspensão da resolução.
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