O Rio de Janeiro apresentou seu primeiro caminhão 100% elétrico para a coleta de lixo nesta quinta-feira (23). O veículo, entregue à empresa Clean Ambiental, será responsável pela coleta, compactação e transporte de resíduos do Mercado Municipal do Rio de Janeiro (Cadeg).

O caminhão, fabricado pela chinesa BYD, é do modelo eT8A, que é alimentado por uma bateria de fosfato de ferro-lítio, reciclável e com vida útil de até 30 anos. O veículo 100% elétrico não emite CO2 na atmosfera e ainda é bem mais silencioso que um caminhão movido a diesel.
A manutenção simples e o desempenho do motor também são pontos fortes, se comparados aos veículos tradicionais. O caminhão tem peso bruto total (PBT) de 21 toneladas na versão 4x2 e autonomia estimada de oito horas de operação por recarga (cerca de 200 quilômetros).
“Diferente dos caminhões movidos a diesel, sua transmissão está diretamente ligada ao motor, sem embreagem. Para facilitar as partidas nas mais íngremes rampas, o eT8A possui torque máximo de 1.500 Nm a partir de zero rpm, o maior da categoria, uma revolução em relação aos convencionais, que possuem menos torque e somente a rotações bem mais elevadas”, afirma Carlos Roma, diretor de vendas da BYD do Brasil.
Impacto no meio ambiente
O caminhão trabalhará num percurso de 3 quilômetros, entre o Cadeg e a Usina do Caju. Por ter emissão zero de gases, um único caminhão deixa de emitir 14 toneladas de CO2 por mês. Para efeito de comparação, a combustão de 1 litro de diesel produz, aproximadamente, 4 quilos de CO2. O consumo de um caminhão é de aproximadamente 10 l/h, sendo que veículos do tipo trabalham aproximadamente 360 h/mês.
“Ficamos durante um período fazendo a operação com um caminhão-teste. Estamos muito satisfeitos. Apesar de o veículo possuir um preço acima da média do mercado, o caminhão se torna econômico quando utilizado em larga escala. Por isso está nos nossos planos adquirir, no médio prazo, ainda este ano, 10 veículos da BYD e, no longo prazo, substituir toda a nossa frota, que hoje é de 60 caminhões”, contou Eduardo Días Almeida, presidente da Clean Ambiental.
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