A marca alemã trouxe para o país seu caminhão conceito “Future Truck”. Equipado com o sistema de navegação Highway Pilot, que possui câmeras e sensores inteligentes, o caminhão é a visão de futuro da marca para caminhões com tecnologia autônoma.
Na comemoração de seis décadas da Mercedes-Benz no Brasil, a montadora realizou um evento dentro de sua fábrica para a imprensa especializada, em São Bernardo do Campo - SP, para apresentar seu “Caminhão do Futuro 2025”, que é o veículo que reúne toda a tecnologia da embarcada da marca. [caption id="attachment_3966" align="aligncenter" width="492"] Fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo[/caption] Segundo estudos da Mercedes-Benz, a marca estimou que, em dez anos, os caminhões poderão andar de forma autônoma nas rodovias e vias expressas. Sendo assim, a montadora ajustou seus sistemas de piloto automático e aprimorou os sensores do “Highway Pilot”, para mostrar o futuro dos caminhões com tecnologia autônoma no Brasil. [caption id="attachment_3965" align="aligncenter" width="582"] Future Truck[/caption]NOVAS TECNOLOGIAS
A tecnologia que está por trás desse veículo mostra que o “Caminhão do Futuro” não precisa estar em comboio, como a tecnologia Platooning. Seus sistemas de câmeras e sensores de radar permitem que ele se conduza de forma autônoma, independente de outros veículos ou centrais de controle. O sensor do radar é a base dessa tecnologia. Ele fica na parte de baixo do caminhão, bem na extremidade dianteira, e varre a rodovia à frente, com modos de longo alcance (250 metros e 18 graus) e de curto alcance (70 metros e 130 graus). Outro desenvolvimento que faz com que o caminhão funcione bem é a câmera estereoscópica instalada acima do painel dos instrumentos. Ela possui alcance de 100 metros e varre uma área de 45 graus na horizontal e de 27 graus na vertical. A câmera identifica se a estrada é de mão única ou não, se possui pedestres ou algo material na via, monitora os objetos dentro da área de visão e também a superfície da estrada. Além dessas duas tecnologias, o caminhão é equipado também com o “Side Guard Assist” (Assistente de ponto cego). Esse dispositivo avisa o motorista sobre a presença de outros usuários da estrada e também alerta para colisões iminentes com obstáculos parados. [caption id="attachment_3963" align="aligncenter" width="555"] Interior do "Caminhão do Futuro"[/caption]HIGHWAY PILOT
Assim que o motorista entra em uma rodovia e escolhe a melhor faixa para dirigir, surge o aviso de possibilidade de ativação do sistema “Highway Pilot”. Acionando-o, o veículo passará a trafegar de maneira autônoma. O tráfego pode ser um obstáculo para os caminhões autônomos, porém, a Mercedes afirma que o “Caminhão do Futuro” fica na estrada de forma independente. Se houver outro veículo à frente, ele se adapta e ajusta a velocidade, dentro do limite permitido, mantendo a distância ideal para a segurança de todos envolvidos da rodovia. [caption id="attachment_3964" align="aligncenter" width="538"] Sistema Highway Pilot[/caption]BENEFÍCIOS
A tecnologia autônoma, por si própria, traz benefícios como o menor consumo de combustível e menor emissão de gases poluentes. Além disso, o “Caminhão do Futuro” tem seus sistemas de segurança aprimorados, fazendo com que no futuro, acidentes causados por erros humanos sejam evitados e o limite de velocidade seja mais respeitado. Sobre os benefícios de combustível no sistema autônomo, o presidente da Mercedes-Benz no Brasil, Philipp Schiemer explicou. “O fator humano tem uma influencia grande no consumo do caminhão, e isso a tecnologia consegue melhorar. Você troca a marcha no momento certo e com isso você tem um grande potencial de melhoria no gasto de combustível." [caption id="attachment_3962" align="aligncenter" width="497"] Philipp Schiemer - Presidente da Mercedes-Benz no Brasil[/caption]PREVISÃO DE MERCADO
O “Caminhão do Futuro” tem previsão de comercialização mundial em 2025, inclusive no país – o veículo deverá ser produzido também na fábrica de São Bernardo do Campo. “A tecnologia está sendo desenvolvida na Alemanha, mas depois será desenvolvida em terras brasileiras. Essa tecnologia tem muitos sensores, muitas câmeras digitais às quais tem que captar imagens, mas cada país tem sua peculiaridade” – afirmou Philipp Schiemer.
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