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Vendas de pneus caem 7,4% em outubro e mercado para pesados recua pelo terceiro mês seguido, aponta ANIP

Vendas de pneus caem 7,4% em outubro e mercado para pesados recua pelo terceiro mês seguido, aponta ANIP

Segmento de carga e pesados registra uma das maiores retrações do ano; indústria alerta para impacto dos pneus importados e risco de desindustrialização

As vendas de pneus no Brasil voltaram a cair em outubro e reforçam um cenário de pressão sobre a indústria nacional. Segundo dados da ANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), o mês fechou com queda de 7,4% em relação ao mesmo período de 2024, totalizando 3,4 milhões de unidades comercializadas, cerca de 280 mil unidades a menos. No acumulado de 2025, o setor já soma 33,5 milhões de pneus vendidos, uma retração de 3,2% e mais de 1 milhão de unidades a menos que no ano anterior.

A principal razão para o recuo está no mercado de reposição, que encolheu 6,7% no acumulado do ano. Para o presidente da ANIP, Rodrigo Navarro, o avanço dos pneus importados vendidos a preços inferiores ao custo de produção nacional segue sendo o maior desafio da indústria. “O retrato do ano é muito ruim, especialmente pelo acirramento da concorrência desleal, que ameaça empregos, investimentos e todo o ecossistema produtivo”, afirma.

Apesar das dificuldades, o mercado de montadoras ainda apresenta algum fôlego: cresceu 4,1% no ano, embora insuficiente para compensar as perdas registradas na reposição. A categoria de pneus de passeio, por exemplo, recuou 2,7% no acumulado, com destaque para a queda de 6,6% no aftermarket, enquanto o fornecimento às montadoras subiu 4,9%.


Pneus de caminhões e ônibus: queda mais acentuada no setor pesado

O segmento que mais preocupa é o de pneus para carga e pesados, que engloba caminhões, carretas e ônibus, veículos essenciais para a logística nacional. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, as vendas totais desses pneus caíram 5,5%, com queda de 0,6% nas entregas para montadoras e retração expressiva de 7,4% no mercado de reposição.

Diferente dos pneus de passeio, os pneus para veículos pesados são maiores, produzidos com estruturas reforçadas, compostos mais resistentes, maior capacidade térmica e índices superiores de carga. Por isso, possuem valor agregado mais alto e impacto direto na cadeia logística. A queda desse segmento preocupa porque sinaliza menor ritmo de renovação de frotas autônomas e maior pressão sobre transportadores, que operam com margens já apertadas. No mercado de motocicletas, o cenário também é negativo: o segmento acumula recuo de 11,7%, puxado principalmente pela queda nas vendas para reposição.


Impacto na cadeia produtiva e risco de desindustrialização

A retração prolongada já começa a atingir toda a cadeia de produção, que envolve produtores de borracha natural, indústrias químicas, setor têxtil e fabricantes de aço — um ecossistema que gera mais de 500 mil empregos indiretos no país. A Abrabor (Associação Brasileira de Produtores e Beneficiadores de Borracha Natural) alerta que a forte entrada de pneus importados, muitas vezes em condições consideradas desleais, está reduzindo a demanda por borracha nacional.

“A situação já é sentida no campo. O produtor vive da seringueira, do manejo sustentável e da venda da borracha. Quando a indústria nacional perde espaço, toda a cadeia sofre”, afirma José Fernando Benesi, presidente da Abrabor, que defende ações urgentes para garantir competitividade às fábricas brasileiras.



Desempenho mensal: alívio pontual, mas tendência segue negativa

No comparativo entre setembro e outubro, houve um breve respiro: as vendas totais cresceram 8,7%. O avanço foi impulsionado pelo mercado de reposição, que subiu 15,3% no mês. Mesmo assim, as vendas para montadoras recuaram 2,3%, reforçando a instabilidade do setor ao longo do ano. Para a ANIP, o crescimento pontual não muda o cenário estrutural. “Ainda enfrentamos um ambiente muito difícil, com concorrência predatória de produtos importados”, reforça Navarro.

Perspectivas

Com a aproximação do fim do ano, o setor de pneus projeta estabilidade apenas em 2026, dependendo da adoção de medidas que restabeleçam a competitividade das fábricas nacionais, especialmente no segmento de reposição, responsável pela maior parte do volume vendido no país.



 

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