Primeira operação realizada utilizando caminhões movidos a biodiesel puro (B100) fabricados pela Scania está operando no trecho entre o norte de Mato Grosso e o Pará
A AMAGGI iniciou sua operação de plantio, colheita e processamento do Biodiesel B100, com origem na soja, em Cuiabá-MT. Essa é a primeira operação realizada utilizando caminhões movidos a biodiesel puro (B100) fabricados pela Scania. Ao todo, são 101 veículos Euro 6, sendo 100 do modelo 500 R 6x4 Super e um do modelo 500 R 6x2 Super — este para o transporte do biocombustível para os pontos de abastecimento.
De acordo com a companhia, os caminhões utilizados operam com motores que atendem a nova lei de redução de emissões de poluentes, em vigor desde janeiro de 2023. Com isso, a AMAGGI, sai na frente e desenvolve sua própria frota que roda com biodiesel 100% vegetal, tanto nos caminhões, como nas máquinas, buscando um caminho efetivamente responsável com as emissões e origem do combustível alternativo.
Segundo apresentado pela empresa, essa foi a maior compra de caminhões B100 da Scania na América Latina, fazendo com que a AMAGGI passe a ter a maior frota rodoviária do agro abastecida exclusivamente com o combustível sustentável. Além de ter a maior frota B100 da Scania no Brasil, na América Latina.
Os caminhões movidos a B100 estão operando trecho entre o Norte de Mato Grosso até o terminal de Miritituba, no Pará, fazendo o transporte de grãos. A base da frota rodoviária da AMAGGI fica em Matupá (MT), local em que os veículos também são abastecidos com o B100 e onde, recentemente, a Casa Scania Rota Oeste abriu uma filial para atender a demanda local.
De acordo com Marcelo Gallão, dos 101 caminhões destinados, um modelo 6x2 realiza o transporte de combustível, e os outros 100 atuam no transporte de grãos utilizados no processo de produção de biodiesel da AMGGI. Para você ter um exemplo, um modelo Super R500, 6x4, atrelado a uma composição de 9 eixos, faz o transporte de grãos. Ele está em uma operação onde vários outros caminhões estão realiando a mesma atividade utilizando o B14". A nova frota da AMAGGI também é formadao por 250 caminhões 560 R 6×4 Super, que utilizam novo motor, capaz de emitir ainda menos gases poluentes.
Gallão reforça que os caminhões foram desenvolvidos especificamente para rodar com o B100 e que portanto, caminhões fabricados para rodar com diesel ou outros tipos não terão o funcionamento adequado: "Nós desenvolvemos um sistema de tratamento de gases específico para ele, que é o sistema de tratamento de gases com saída para baixo. Nós queremos diminuir a perda de pressão no sistema de escape para compensar as diferenças de diesel e biodiesel", explica.
Na prática, com essa mudança, a pressão de saída da fumaça diminui, o que Gallão explicou que se chama "brake pressure", o que diminui a perda de carga no sistema de escape. E isso compensa as diferenças de perda de torque do diesel para o biodiesel. Além disso, esse modelo sofreu alterações objetivas no motor, tanque e outros acessórios do caminhão.
O executivo explica que toda a parte de mangueiras e borrachas revisadas para esse caminhão, que de acordo com os testes, se degradavam no consumo constante de biodiesel: "Colocamos também uma válvula específica de pressão no otimizador de combustível, diminuindo a atuação do biodiesel no material”, explica.
O Planeta Caminhão conheceu de perto a operação e nem precisamos dizer que você precisa assistir este importante e interessante conteúdo para aumentar seu conhecimento, principalmente neste tema que vem ganhando força. Até porque, o aumento do percentual do biodiesel é o futuro. Ou o presente.
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