Os Estados Unidos estão avançados nos testes com caminhões pesados 100% elétricos. A Freighliner, fabricante do Grupo Daimler, anunciou que já rodou cerca de 500 mil quilômetros com sua Frota da Inovação. Ela é composta por 30 caminhões médios e pesados movidos a bateria que estão sendo testados em operações reais em diversas empresas do país. Ao todo, foram 5.660 viagens para entregas.

Para a fabricante, a parceria com os clientes transportadores e operadores logísticos é a grande prova para a tecnologia dos caminhões elétricos. "Primeiro rodamos 300 mil milhas, depois um milhão. Com isso vamos aprimorando e iniciando a produção em série dos nossos caminhões elétricos a bateria. E eles vão entregar a confiabilidade e disponibilidade que as frotas convencionais entregam, elevando o nível para um transporte com emissão zero de poluentes e nível muito baixo de ruído", diz o vice-presidente Sênior da Freightliner Richard Howard.
Programa oficial
A frota de caminhões elétricos da Freightliner é formada por 10 unidades do modelo eM2, veículo vocacional de médio porte, e 20 unidades do eCascadia, cavalo mecânico pesado líder de vendas da Freightliner. Estes caminhões fazem parte de um programa oficial que conta com o apoio do Distrito de Qualidade do Ar da Costa Sul (South Coast Air Quality Management District), que trabalha pela melhoria da qualidade do no Sul da California, o estado mais populoso dos Estados Unidos.
Os caminhões elétricos estão sendo testados no transporte de cargas fracionadas, encomendas expressas, distribuição de alimentos e transferências locais.
Um pesado de respeito
O eCascadia trabalha com quatro motores elétricos (dois em cada eixo) e pode fornecer até 730 cavalos de potência. Com baterias de 550 quilowatts-hora, o caminhão tem um alcance médio de 400 quilômetros. A Daimler diz que a bateria do caminhão pode ser recarregada em cerca de 80% da potência total em 90 minutos (oferecendo um alcance extra de 320 quilômetros).
O caminhão não tem alguns dos sistemas desenvolvidos no equipamento autônomo da empresa. Não há sistemas de vídeo nos pilares dianteiros, por exemplo, para eliminar os pontos cegos retrovisores, tipo o MirrorCam, e ele não tem os sistemas de direção semi-autônoma que a Daimler está testando em Nevada.
Redação Planeta Caminhão
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