A fábrica de máquinas Scania (Maskinfabriks-aktiebolaget Scania) fabricava bicicletas na cidade de Malmöe, Suécia, desde 1900. Diversificou suas operações, principalmente em engrenagens de precisão, o que chamou a atenção de uma outra grande indústria Suéca, a VABIS (Vagnfabriks Aktiebolaget i Södertälje) tradução de fábricas de vagões de Söldertälje Cia. Ltda., na cidade de mesmo nome, que fabricava motores a gasolina, automóveis, caminhões, lanchas e motores marítimos. Em 1911 as duas empresas foram unidas, formando a Scania-Vabis.
No Brasil, ela veio graças a Carlo Pareto, que já importava veículos Volvo e em visita a Suécia foi apresentado aos veículos Scania. Porém veio a 2ª guerra mundial e ele não conseguiu trazer os veículos. Somente após o final do conflito, em 19/12/1949, ele conseguiu trazer o primeiro caminhão, através da SIEMOL (SOCIEDADE IMPORTADORA DE EQUIPAMENTOS E MOTORES ). Esses veículos vinham de navio sem pneus e baterias, pelo medo de incêndio nos navios, ficando a cargo da VEMAG (Veículos e Máquinas Agrícolas), a montagem final dos caminhões.
O primeiro caminhão importado, era um L65, chassi 81221, que foi usado na usina açucareira Santa Luzia, também de propriedade de Carlo Pareto.
Em 1954, são importadas 625 unidades do L71, na cor cinza claro, agora não mais pela Siemol, mas diretamente pela Vemag.
Em 1956, os estudos e planejamentos que o GEIA vinha fazendo no setor automobilístico Brasileiro, viraram leis, com os veículos não podendo mais ser importados, e sim ‘’fabricados” aqui, primeiro com 35% de partes nacionais, com crescimento gradativo.
A Scania monta fábrica, ainda sob supervisão da matriz, via Vemag.
Em 1958, 726 unidades do L71 são montadas e em 1959, é nomeada a 1ª concessionária, a BRASDIESEL, em Caxias do Sul/RS.
Em 21 de junho de 1960, a Brasdiesel, negocia o primeiro Scania já sob chancela Scania, um L75, chassi 403,192, para Ladair Pedro Michelon, de São Marcos/RS. Infelizmente esse caminhão sofreu um acidente em 04 de agosto de 1970, próximo ao Km42 da rodovia Régis Bittencourt.
Em 1962, a fábrica é transferida do Ipiranga, para São Bernardo do Campo/SP, nesse mesmo ano, o colaborador Giuseppe Mazzei, cria o slogan que se tornaria a alma da marca “Rei da estrada”.
No ano seguinte, surgiria um novo caminhão e uma nova cor, o L76, na cor laranja, que ganhou o apelido de jacaré, que lembrara o animal que ergue somente a mandíbula superior da boca.
Em 1965 a primeira exportação da fábrica Brasileira, para o Uruguay, no ano seguinte a direção hidráulica é oferecida como opcional.
Em 1970 surge o L100 e em 71 os L110, sendo o LS 110 a primeira unidade tratora a tracionar carreta de 3 eixos, isso devido a lei exigir 5.71CV para cada tonelada, derivando o nome LS para esse tipo de implemento.
Em 1972 é lançado o Scania leito, o caminhão da integração nacional, no Rio Grande do Sul, com o apelido de ‘’filtrão”
Em 1974, a Scania inova e traz o LK140, com motorização V8, sendo vendido o primeiro a Paulo Mincarone, da Sulfrio, que por muito tempo foi o maior frotista Scania V8 do hemisfério sul. Também neste ano, é encontrado no Paraná, o Scania mais antigo em atividade no País, ele foi restaurado pela SUVESA, e está no museu da marca, na Suécia.
Em 1976´é apresentado o L111, da chamada série 1
Em 1978, surgem os Lk141 V8, Lk111, L111S e o L101
1981, a série 1 é descontinuada em 4 de janeiro, com a fabricação do último L111, em 16 de julho, é fabricado o último LK.
A série 2 é apresentada, na verdade os primeiros eram série 1 com cabine de série 2 (112), os famosos ” jacarés de garavata”.
112M – 112H – 112E
142M – 142H – 142E com motores V8
A série 3 veio em 1991, com o lendário 113H, que em 1993 recebeu a cabine TOPLINE, 22,5cm mais alta que a normal, que tornou-se um clássico Brasileiro. Somente em 1998, com a vinda da série 4, a Scania faz uma ampla modernização em sua planta, passando a oferecer caminhões eletrônicos, tração 6X2, e uma fábrica de cabines próprias, e uma infinidades de variações.
Em 2001, surge o monstruoso 164 V8, importado, batizado de Rei da Estrada, com uma série de 40 unidades.
Em 2007, a Scania deixa de batizar seus caminhões com série e passa os chamar de PGR (Plus – Geral - Range).
2013 é trazido ao Brasil o conceito STREAMLINE.
2014 grupo VW assume o controle da Scania.
2016 primeiros caminhões a Etanol são vendidos a Clariant.
2019 a série NTG é incrementada no país.
Dsqui Pontes
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