No comparativo de janeiro a setembro de 2021 - as vendas de caminhões aumentaram 51,8%
A indústria de veículos do Brasil teve alta de 5,6% em sua produção no mês de setembro, comparado ao mês de agosto, de acordo com as informações fornecidas pela associação que representa o setor, Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Enquanto a produção de carros e comerciais leves caiu 24,3% em setembro sobre um ano antes, o número de caminhões montados cresceu 46,5%. O setor produziu 173,3 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus no mês passado e vendeu 155,1 mil unidades, segundo os dados da entidade.
No comparativo do ano inteiro, de janeiro a setembro de 2021 - as vendas de caminhões aumentaram 51,8%. Dos 95.289 caminhões vendidos de janeiro a setembro deste ano, 48.984 são modelos pesados, 23.521 semipesados, 9.076 leves, 8.135 médios e 5.582 semileves, segundo a Anfavea.
Porém, as vendas de veículos novos no Brasil em setembro foram as mais baixas para o mês desde 2005, somando 155,1 mil unidades, uma queda de cerca de 25% sobre o emplacado um ano antes. A produção do setor no mês passado foi de 173,3 mil veículos, queda de 21,3% ante setembro de 2020.
Apesar da alta na produção, os dados referentes às vendas mostram outra realidade. As vendas de caminhões recuaram 10,2% em meio a problemas na oferta gerados entre outros fatores por escassez de componentes. A indústria global de veículos vem desde 2020 passando por uma forte restrição na oferta de chips, que equipam desde sistemas de entretenimento a de freio e admissão de combustível, por exemplo. Até o final de setembro, o volume produzido em 2021 somou 1,65 milhão de veículos e o vendido no mercado interno foi de 1,58 milhão.
Com a falta de componentes e a fraqueza nos principais consumidores de veículos do Brasil, como Argentina, as exportações de setembro tiveram queda de 22,5% na comparação anual, para 23,6 mil veículos montados. No ano, porém, o saldo exibe expansão de 33,8%, a cerca de 277 mil unidades.
Além de tudo isso, o setor ainda enfrenta restrições na oferta de contêineres para importação e no Brasil um cenário de inflação em elevação e alta de juros, que atinge os financiamentos. Na comparação com setembro de 2020, quando o setor ainda acelerava para repor produção paralisada pela pandemia meses antes, a produção recuou 21,3%. Já os licenciamentos diminuíram em 25,3% na mesma comparação.
Mesmo com a falta de semicondutores, o número de caminhões montados cresceu 46,5%
Direto da Redação do Planeta Caminhão
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